domingo, 26 de julho de 2009

Síntese avaliativa

A construção do portifólio eletrônico durante o curso foi crescendo qualitativamente semana a semana. Isso foi um ganho inestimável, pois além de ser um novo instrumento avaliativo o blog nos obrigou a ter produções semanais, não como em outras disciplinas uma avaliação ao meio do curso e outra ao fim do semestre. Neste contexto o nível de conhecimento aumentou de maneira muito positiva, hoje me sinto preparada para de falar de questões que antes não era, como por exemplo, a alfabetização. A prática melhorou qualitativamente, porém o que é nossa prática? É o amadurecimento teórico e as pessoas precisam entender esta questão, porque hoje se observa muito que os educadores não compreendem esta relação, e dizem que a prática anda muito distante da teoria.
A respeito dos descritores gerais infelizmente não foi possível cumprir todos de maneira integral, por conta do tempo e a falta de habilidade com a ferramenta. Na questão tecnológica foi um avanço em várias questões, mas faltaram algumas como postar um vídeo. O que foi de uma enorme frustração, porém há vários vídeos que poderiam ilustrar o que foi escrito durante as postagens. Conhecimento a respeito dos textos foi de grande conhecimento teórico, nesse sentido os textos forma voltados de como as crianças concebem o conhecimento e entender este processo é fundamental para um educador. Foi possível compreender que temos várias maneiras de ilustrar nossas aulas, trazendo um enriquecimento único. E o mais importante é que os recursos podem ser usados em qualquer realidade é só uma questão de adaptação.
Sobre os descritores individuais, esses foram cumpridos na medida do possível, pois apesar de ter perdido a senha do blog no início do curso as postagens foram feitas,mas com um pouco de atraso. Na relação teoria e prática foi um dos descritores mais respeitados, esta relação foi feita durante todas as postagens, pois este é um dos descritores mais importantes. Os recursos audiovisuais foram cumpridos em parte como já foi dito nesta avaliação.
Em suma a elaboração do portifólio foi processual e contínua, no preenchimento da ficha da primeira socialização houve um avanço em relação a segunda principalmente no cumprimento dos prazos.

Síntese conclusiva

Durante a elaboração do portifólio o tema central foi à questão da alfabetização na construção do conhecimento do indivíduo fazendo sempre uma relação entre a teoria e prática. Os textos trabalhados em sala foram de suma importância para disciplina, fazendo com que o tema central fosse entendido.
Neste contexto foi possível entender que o trabalho do professor é fundamental no processo de construção do conhecimento. A aquisição da leitura e da escrita deve ser encarada com muita responsabilidade e competência, por isso é preciso compreender conceitos pelos quais a criança passa até a aquisição da leitura e da escrita. As construções de hipóteses servem para que o professor identifique a fase em a criança encontra-se e aí indicar meios e atividades para assim a criança avançar nessa construção. Durante a elaboração do portifófio foi possível observar que a criança da classe média não aprende com mais rapidez porque vive em um mundo letrado, porém todos nós vivemos numa sociedade letrada, seja nas embalagens dos produtos que compramos em um supermercado.
Não obstante é preciso entender que tomar conhecimento da fase em que o aluno se encontra somente não produz aprendizagem. O educador terá que promover meios para que o aluno avance no processo. Nesse sentido não existe receita de bolo para alfabetização, o que foi dado durante o período foi apontamentos sobre o tema, pois o educador reflexivo antes de estabelecer métodos para trabalhar com sua turma precisa conhecer antes de tudo a realidade em que o aluno está inserido, portanto a alfabetização antes de tudo é uma questão social.

Um guia sobre o uso de tecnologias em sala de aula


TICs, tecnologias da informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimentos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos? Se você se identificou com mais de uma alternativa, não se preocupe. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. NOVA ESCOLA quer ajudar a pôr ordem na bagunça buscando respostas a duas questões cruciais. A primeira delas: quando usar a tecnologia em sala de aula? A segunda: como utilizar esses novos recursos? Dá para responder à pergunta inicial estabelecendo, de cara, um critério: só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento malfeito. "Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. Da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter a experiência real. As dúvidas sobre o melhor jeito de usar as tecnologias são respondidas nas próximas páginas. Existem recomendações gerais para utilizar os recursos em sala (veja os quadros com dicas ao longo da reportagem). Mas os resultados são melhores quando é considerada a didática específica de cada área. Com o auxílio de 17 especialistas, construímos um painel com todas as disciplinas do Ensino Fundamental. Juntos, teoria, cinco casos reais e oito planos de aula (três na revista e cinco no site) ajudam a mostrar quando - e como - computadores, internet, celulares e companhia são fundamentais para aprender mais e melhor.
A reportagem acima citada tem muito a ver com a disciplina, já que a ferramenta tecnológica foi bastante utilizada durante o período. A tecnologia é uma realidade de todas as crianças, nesse sentido nós professores temos que nos antenar em coisas novas para proporcionar além de um educação de qualidade teremos uma aula mais atraente. A tecnologia precisa ser nossa aliada nesta empreitada que é a sala de aula principalmente para fazer trabalhos interdisciplinares. Além de ser uma ótima ferramenta para alfabetizar!

sábado, 25 de julho de 2009

A construção do conhecimento sobre a escrita. – Ana Teberosvsky –

O texto aponta questões do ponto de vista da criança, como ela concebe a aquisição da leitura e da escrita. Nesse contexto como é este processo na cabeça do indivíduo. Esse é um ponto fundamental para fazermos um trabalho de qualidade, pois não adianta criar novas metodologias se não compreendermos o entendimento da criança diante das informações que lhe são dadas.
A autora discorre sobre vários conceitos sobre aquisição da leitura e da escrita do individuo. A primeira delas é a hipótese do nome, na qual está sempre implícito o conceito de sílaba, porque primeiro a criança atribui a cada letra a uma silaba. Normalmente a criança nesta fase tem um repertório pequeno de letras então elas aplicam o princípio da quantidade e variedade de letras, que segundo Teberovsky é uma combinação que acontece no inicio da alfabetização.
A criança desde muito pequenas já diferencia letras de desenhos, já sabem que as letras “servem para ler” – Teberosvsky -. Porque normalmente as turmas de alfabetização tentam tratar o aluno como se não tivessem bagagem alguma. Inclusive compreende que a escrita tem um significado, quando a autora aponta como Intencionalidade Comunicativa, que denominamos como a aplicabilidade da língua.
É preciso que entendamos o processo de alfabetização como um processo social, não como uma simples compreensão dos códigos alfabéticos. A criança precisa entrar em contato com os diferentes gêneros, porém nesta fase a criança diferencia esses textos, tem a função social de cada um deles. Neste contexto sabe que um livro de receita serve para preparar comida, ou um jornal para ler as notícias. Qualquer criança tem esse conhecimento não é apenas um privilégio da classe média alta. Precisamos conscientizar educadores para qualificar-se para que os mesmos tenham uma concepção crítica da alfabetização.
Segundo a autora a criança quando toma conhecimento da sílaba indica um avanço na construção do conhecimento muitas vezes a criança atribui a penas vogais para uma palavra, mas do ponto de vista do valor sonoro está correto. AEO – camelo - . Após esse estágio a criança na fase alfabética não tem idéia dos espaçamentos entre as palavras escrevendo tudo junto: fuiaoparque. É um processo normal no indivíduo nesta fase, o que não é normal é chegar ao 5° ano com esta prática. O professor precisa intervir neste processo ele não irá tomar conhecimento sozinho, com atividades das quais os alunos consigam perceber a pausa entre as palavras.
Neste contexto é preciso ter domínio dessas teorias para compor a relação entre a teoria e a prática, as duas vem estar juntas pois ao diagnosticarmos a situação do educando intervir com meios para que o aluno tenha a aquisição da leitura e da escrita com êxito.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A interpretação da escrita antes da leitura convencional

O jogo de memória é uma ótima atividade para trabalhar com embalagens

A interpretação da escrita antes da leitura convencional passa por vários processos, dentre eles a leitura pelo contexto através de cartazes, livros embalagens, histórias, etc. Neste contexto não como alfabetizar com outros instrumentos, ou ignorar o conhecimento prévio que a criança trás. É a partir desses instrumentos, com a leitura do contexto é que fazemos um trabalho pedagógico de qualidade. Segundo estudos de Emília Ferreiro a criança antes mesmo de fazer a correspondência letra e som elaboram suas próprias hipóteses em relação à leitura, indicam de acordo com o seu contexto.
Para criança as letras impressas em embalagens ou cartazes correspondem ao conteúdo a que designam. Por exemplo, na lata de leite diz leite ou em um relógio está escrito relógio, nesse sentido a criança já entra na escola com um grande repertório de hipóteses, não tem sentido algum tratar as crianças como se ela não tivesse conhecimento algum. Os conhecimentos cotidianos da criança precisam ser valorizados no espaço escolar, porém uma criança apenas com uma figura é capaz de contar uma história maravilhosa só precisam de estímulos por parte de educadores.
Emília Ferreiro fala sobre a função social da escrita, que geralmente as crianças de classe média tem um certo conhecimento sobre essas funções. Que pode caracterizar-se Por sinais de trânsito, bula de remédio, ou um guia de instruções para utilização de um aparelho eletrônico. A função social da escrita também é de domínio da classe mais popular, elas têm idéia da existência da escrita e sabe qual é sua utilidade dentro do seu contexto social. As vezes assemelham-se com algumas funções sociais presente tanto na classe media como na classe popular, como por exemplo embalagens de produtos, ela sabem que as letras servem para identificar o produto, porque não aproveitar esse conhecimento no cotidiano escolar.
Falar de hipóteses feitas pelas crianças no início do processo da leitura e da escrita é falar da lógica que ela utiliza Por elas. Nesse sentido ao longo deste processo a criança formula várias hipóteses e combinam diversas letras a fim de formar diferentes palavras, principalmente quando a criança tem um pequeno repertório de letras. Em suma observando os aspectos dissertados acima podemos dizer que o indivíduo nesta fase tem noção de alguns conceitos matemáticos como a lógica e a idéia de combinatória.
Em síntese os aspectos desenvolvidos acima mostram que a alfabetização deve ser realizada de forma contextualizada e que esse tema discutido há vários anos e em muitas escolas a alfabetização é feita de forma descontextualizada.

Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação da escrita (Emília Ferreiro).

Ambiente alfabetizador

O texto evidencia os processos de construção da aquisição da leitura e da escrita, nas construções de hipóteses que servem para professores identificar em que fase a criança encontra-se. Neste contexto a cada fase da construção do conhecimento segundo Emília Ferreiro passa por um desequilíbrio, para seguir para próxima fase.
Nesse sentido é preciso entender processo pelo qual o indivíduo passa em sua fase de alfabetização. Os erros passam a ser possibilidades para o acerto, a percepção da criança no início do processo de alfabetização em relação a suas hipóteses começam muitas vezes com as letras do próprio nome e percebem que apenas uma letra não forma nenhuma palavra.

Observe as fases dos níveis de alfabetização segundo Emília Ferreiro:

Nível 1: Pré-silábico – No início a criança utiliza sua própria escrita, símbolos, pseudo-letras e insinua que estão escrevendo algo. Nesse sentido na fase pré-silábica propriamente dita a criança diferencia letra, números e desenhos, quanto às letras sabe que serve para representar algo, mas não imagina que há uma ordem para colocá-las.
A criança nesta fase atribui maior quantidade de letra pelo tamanho. Por exemplo, ao pedir que uma criança escreva a palavra “macaco” a probabilidade é que coloque muitas letras, já que macaco é grande, mas ao pedir que a mesma escreva formiga ela coloca apenas duas letras, por tratar-se de um ser minúsculo. Há outras características para este nível, a criança acha que a escrita só é representada por substantivos, por isso não escrevem artigos, não tem a percepção entre fonema e grafema.

Nível 2: Intermediário I – Esta fase trata-se de um conflito, pois a criança percebe que a forma que escreve não é a convencional, e neste contexto há uma negação da escrita o aluno diz que não sabe escrever. As características para identificar esta fase são: a busca de correspondência entre letra e som, pois já conhecem alguns valores sonoros como trecho de palavras e o som das vogais.

Nível 3: silábico – nesta fase a criança sente-se confiante, porem acredita ter descoberto uma lógica para escrita ela conta os pedaços de acordo com a quantidade de letras. A noção de sílaba pode acontecer com ou sem valor sonoro convencional, por exemplo, escrever a palavra CAMELO desta forma: AEO, ou LIXO assim LXO.
E aí a criança percebe que os adultos não conseguem entender os que escrevem com duas ou três letras e acrescentam mais letras para justificar a falta delas.

Nível 4: Silábico-alfabético – trata-se de mais um momento de transição, de uma fase para outra, a criança frustra-se ao perceber que a sua escrita não pode ser lida por um adulto. Ela começa a perceber que usa a mesma combinação para representar as palavras diferentes. Ainda que não seja a escrita convencional o professor deverá propor atividades que levem os alunos a observarem a diferença da sua escrita da convencional. Neste contexto a sonoridade das letras começa a ser percebida pela criança e passa a acrescentar outras letras as palavras.

Nível 5: Alfabético – já conhecem os valores sonoros menores do que a sílaba, a criança já é capaz de reconhecer o sistema lingüístico, conseguindo representar graficamente o seu pensamento. Sabe distinguir letra palavra e frase.
Nesse sentido a criança ainda apresenta dificuldades a serem superadas, como por exemplo, escrevem como falam, pois tem dificuldade de acordo com o ritmo frasal. Agora já compreendem a correspondência grafo fonema.
As crianças não necessariamente passam por todas as fases, elas podem pular algumas, ou ir direto para o nível alfabético. É importante que desde cedo as crianças tenham suas próprias construções, porém é através delas que desenvolvemos sua criatividade é necessário que o docente nesta fase trabalhe com atividades que a privilegiem. Neste contexto a alfabetização através de textos variados é fundamental para tematização do conhecimento. A alfabetização através de palavras soltas sem haver relação com a realidade do indivíduo torna-se difícil a tematização do conhecimento.
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domingo, 12 de julho de 2009

Níveis de estruturação da fala


As postagens referem-se ao texto Oralidade e escrita

A fala estrutura-se em dois níveis: o global e o local. O primeiro estabelece uma condição para a resposta, obedecendo a regras de organização da fala, referente à organização do tópico discursivo, e utiliza advérbios e conjunções. O segundo nível se estabelece por meio de turnos. Ou seja, enquanto um locutor está com a palavra o outro “age” como ouvinte até que tenha a oportunidade de ser o falante. Podem ocorrer intervenções.
Para esclarecer melhor, observe os exemplos:

NÍVEL GLOBAL: Duas crianças ao se conhecerem no 1º dia de aula:

L1 Oi! Meu nome é Clara. Como você se chama?
L2 Me chamo Gabriela. E quem te trouxe pra escola?
L1 Eu vim com meus pais. E você?
L2 Meu irmão me trouxe.


NÍVEL LOCAL: Três meninas falando sobre suas bonecas.
L1 a minha boneca é mais bonita que a sua
L2 mas a minha dá pra colorir o cabelo dela
L3 é... a minha é igual a dela



Estruturação do texto falado
Como todo texto, o texto falado possui em sua estrutura um elemento fundamental para sua compreensão: a coesão. Neste tipo de texto ela pode apresentar-se de três formas: coesão referencial, a qual ocorre quando um locutor, em sua fala, provoca a repetição lexical. Ou seja, ele repete termos sucessivamente, pois não encontra palavras que possa utilizar para continuar o turno; coesão recorrencial, a qual ocorre quando um locutor diz o mesmo em outras palavras (paráfrase); e a coesão seqüencial, na qual um locutor emprega um conector diversas vezes seguidas no texto falado, mas com funções diferentes.
Além disso, o texto falado conta com elementos básicos, sendo eles: o turno, o tópico discursivo, os marcadores conversacionais e o par adjacente. Observe as explicações:


Turno – qualquer intervenção feita pelos interlocutores, fazendo-os alternar os papéis de falante e ouvinte. Segundo Sacks, Schegloff & Jefferson (1974:701-702) a conversação tem que mostrar algumas propriedades, tais como: em cada turno, fala um de cada vez; transições de um turno a outro sem intervalo e sem sobreposição são comuns, longas pausas e sobreposições extensas são minoria; a ordem e o tamanho dos turnos são variáveis; são usadas técnicas de atribuição de turnos, dentre outros.

Tópico discursivo - tema abordado na atividade conversacional. A partir dele, os interlocutores interagem sobre o mesmo assunto, concordando, discordando ou agindo de outra forma. Assim, é explorada uma propriedade: a centração. Além dessa, existe a organicidade, na qual o tópico se define em dois planos: sequencial - distribuição linear ou horizontal - e hierárquica – distribuição vertical. E por fim, tem a delimitação local, onde o tópico é marcado por início, desenvolvimento e fecho.
Marcadores conversacionais - no processo de interação da fala ele sindicam os elementos verbais (palavras, sintagmas, expressões estereotipadas), prosódicos (entonações) e paralinguísticos (gestos físicos).
Par adjacente – são pares existentes em uma conversação, como: pergunta-resposta, convite-aceitação ou recusa, pedido-concordância ou recusa, saudação-saudação.

Todas essas explicações dadas aqui são, ao mesmo tempo, importantes e interessantes para a compreensão estrutural, tanto do texto falado quanto do texto escrito. Esperamos que esta exposição venha a ajudar.
Gratas pela atenção,
Alessandra e Fernanda.











terça-feira, 7 de julho de 2009

A organização da fala e da escrita e as características do texto falado

As atividades correspondem ao texto Oralidade e escrita das questões feitas em duplas. As postagens se dividirão em duas.
Atividade conversacional caracteriza-se pela interação entre os interlocutores, ou seja, exemplificado pelo cotidiano do indivíduo. Neste contexto, a língua falada é contextualizada de acordo com o grupo que o indivíduo se relaciona, como, por exemplo, uma conversa de futebol em um bar e/ou um diálogo entre colegas de trabalho discorrendo sobre assuntos profissionais. Caracteriza-se também de forma organizada onde há um processo de organização e estrutura entre os turnos. As regras são diferentes, porém, num momento de descontração os termos são outros e numa conversa mais formal é preciso utilizar conectivos para “provar” o que está sendo exemplificado naquele momento. Mesmo assim, o discurso oral torna-se diferente da língua escrita.
Segundo Shelegoff a conversação tem três elementos fundamentais: a realização, a interação e a organização. A realização, ou seja, a produção trata-se do início da comunicabilidade entre os interlocutores, a interação é a interferência do interlocutor no assunto e a organização é a forma de como é construído o discurso. A importância desses conceitos é de suma importância para a aquisição da oralidade na criança, pois as mesmas precisam iniciar uma conversa, interagir com outras pessoas e organizar seu pensamento.
O modelo organizacional em que consistem as variáveis que compõe o modelo de organização conversacional, que o autor propõe sobre conversas espontâneas valoriza as seguintes variações: tópico ou assunto, tipo de situação, papéis dos participantes, modo e meio de discurso. Segundo as autoras, tópico ou assunto é caracterizado pela manutenção das relações sociais só será possível se a escolha dos tópicos de assuntos for espontâneas, ou seja, for gosto dos interlocutores.. A situação é quando a comunicabilidade é influenciada pelas atividades não verbais. Em outras palavras, a atmosfera dá sinais de postura disposição do interlocutor. Em última instância, a comunicabilidade nas relações sociais é em uma medida significativa circunstancial. Os papéis dos participantes podem desempenhar em diferentes situações, ativos quando é condutor do diálogo, passivo alvo e/ou objeto do discurso e mediador, quando intervém tanto no pólo ativo e passivo no diálogo. O modo existe para um modelo específico, isto é, um propósito tendo, ou não, um grau de formalidade. Em relação ao meio, é correspondente aos diferentes graus de comunicação: telefone, internet e outros.

Cada uma das características do texto falado, segundo a proposta de Dittman (1979).
a) Interação entre pelo menos dois falantes: Pode ser caracterizada por uma conversa formal, exemplificada no texto por um diálogo entre médico e paciente. O interesse entre o médico e o paciente é identificar e curar a doença, sendo assim, não há identificação da doença, nem a prescrição farmacológica sem a participação do suposto doente.
b) Ocorrência de pelo menos uma troca de falantes: significa a troca do interlocutor, ou seja há substituição em uma dos falantes. Ou em uma conversa por telefone sobre a reclamação de um serviço prestado ao indivíduo.
c) Presença de uma seqüência de ações coordenadas: É caracterizada por uma seqüência de instrução para operar um determinado aparelho. Quando um interlocutor dá instruções de como funciona este aparelho, é dado uma seqüência de ações coordenadas de explicações ao interlocutor.
d) Execução num determinado tempo: Um trabalho apresentado em que um professor delimita o tempo em que o aluno deve dissertar sobre determinado assunto. O interlocutor dispõe de um tempo para executar suas ações.
e) Envolvimento numa interação centrada: Pode ser caracterizada por uma palestra onde precisa de uma concentração e utiliza-se um discurso formal. Uma ação assistemática, o interlocutor é o mediador do diálogo, onde o vocabulário precisa ser diferenciado por conta da ocasião.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Entrevista com um professor alfabetizador

1) Quanto tempo de experiência na área?
R: 12anos

2) Quantos alunos você tem?
R: 35alunos
3) Qual a metodologia utilizada?
R: Construtivismo Sócio-interacionismo.

4) Você utiliza diferentes gêneros textuais?
R: Sim

5) Como é seu cotidiano escolar?
R: Todos os dias começamos as aulas com música, parlendas e histórias.

6) Você conta histórias para seus alunos?
R: Todos os dias

7) Qual é método de avaliação utilizado?
R: Avaliação contínua gradativa

8) Quanto a utilização de jogos na sala de aula? Quais?
R: Forca, caça-palavras, dominó de palavras e jogo da memória.

9) Como é trabalhada a oralidade dos alunos?
R: Conversa em rodas e recontar as histórias.

10) Como são as atividades de escrita na sala de aula?
R: Trabalhamos recitas parlendas música, adivinhação e textos pequenos.


A entrevista acima foi feita com uma professora do 1º ano do Ensino Fundamental, antigo C.A. A educadora trata seu trabalho com muita seriedade e muito amor a profissão, sua prática é baseada na construção do pensamento da criança segundo as fases de alfabetização de Emília Ferreiro. As construções de seus alunos são de suma importância, pois a mesma determina a fase que a criança se encontra para seja feito um trabalho de qualidade e avançar no desenvolvimento da criança.
Quando questionada sobre o trabalho com oralidade das crianças, falou sobre a importância das histórias, segundo ela são ótimas, pois a educadora trabalha com a recontagem das histórias. Neste contexto a professora contou que as histórias ajudam no trabalho com as regionalidades e quando os personagens têm sotaques é porque moram em outras regiões do país.
A educadora tem uma prática muito rica no ponto de vista da construção do conhecimento, usando os diferentes gêneros textuais na realização de recitas em sala de aula, que adoram e construíram junto um caderno de recitas que fizeram durante um projeto. Os jogos é um de seus métodos mais utilizado em sala de aula, porque neles são trabalhadas as dificuldades ortográficas, além de trabalhar o lado lúdico da criança.

domingo, 28 de junho de 2009

Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: Perspectiva sociolingüística


O texto discorre sobre o processo de aquisição da leitura e da escrita em diferentes contextos. Nas diferentes nacionalidades evidenciando o processo de imigração e em diferentes contextos culturais que o autor trata como sociedade letrada e uma sociedade com o processo de letramento diferente dos padrões.
Neste contexto trazendo essa discussão para o Brasil podemos traduzir para nossa realidade, pois se trata de um país de grandes extensões com uma enorme desigualdade social. Nesse sentido por haver uma grande extensão territorial temos uma diversidade regional imensa na qual existe uma variedade lingüística, quanto a desigualdade social o autor fala que quando uma criança que vem de uma sociedade letrada ela vem com uma “bagagem” e quando o indivíduo é oriundo de uma família com outras práticas de letramento chegam a escola com uma certa dificuldade.
As regionalidades provocam uma diversidade lingüística muito grande, a ponto de certas frutas ou objetos serem nomeados de formas totalmente diferentes. Em suma o processo de alfabetização do indivíduo precisa ter uma relação com a sua realidade até por uma questão de respeito a sua identidade cultural. Mas isso não significa que temos que nos restringir a esse contexto, precisamos mostrar a diversidade que existe em nossa sociedade, para que os mesmos possam mudar sua realidade social.
A aquisição da leitura e da escrita do indivíduo implica em várias questões como, por exemplo, marcas da oralidade na qual esbarramos nos vícios de linguagem que herdamos de nossa família. Cabe a escola proporcionar atividades que trabalhem estas questões. Como uma peça teatral abordando dificuldades que a turma apresenta. Trabalhar com jogos no cotidiano escolar é uma idéia muito interessante porque além de proporcionar a aprendizagem às crianças fazem a atividade com prazer vivenciando um momento lúdico.
Neste contexto é preciso construir um currículo que não privilegie conhecimentos, tratando o aluno oriundo da classe popular como ser vazio que precisa ser preenchido conhecimento, mas um currículo que respeite a identidade cultural do indivíduo e que trabalhe o conhecimento criticamente com os alunos.


terça-feira, 16 de junho de 2009

Reflexão sobre o texto "Contexto de Alfabetização na aula"

O texto discorre sobre a alfabetização e em que contexto a aquisição da linguagem e da escrita pode acontecer. Sendo assim, na alfabetização, em uma perspectiva tradicional, segundo Paulo Freire, a criança, em sua prática, tem a cabeça vazia e o professor, então, deposita o conhecimento nela. São palavras fora de contexto e os textos quase sempre não tem relação nenhuma com a realidade em que o indivíduo está inserido.

Essa visão, descrita no parágrafo anterior, faz com que o indivíduo não tenha uma visão crítica do mundo, e o conhecimento escolar fica distante da realidade do aluno. Neste sentido, alfabetizar o aluno não se limita em apenas codificar os signos alfabéticos, mas reconhecer a diversidade de gêneros textuais que está inserida em nossa vida e saber interpretá-los, como uma bula de remédio, uma carta, um poema, etc.

Em suma, se estamos falando da diversidade de gêneros textuais, por que dizer que as crianças que já vivem em uma realidade familiar que favorece a leitura e a escrita terão mais sucesso no processo de alfabetização? É uma visão muito excludente do mundo. Porém, vivemos em um mundo letrado, onde tudo é escrito independentemente da classe social. Um simples encarte de jornal pode ser trabalhado de diversas maneiras. Portanto, é preciso que na sala de aula seja apresentada ao aluno esta diversidade.

Através da contação de histórias, o professor pode ser o "escriba", ou seja, a criança dita e o adulto escreve.

DIÁLOGO ENTRE UM ALUNO E O PROFESSOR:

Aluno: - Tia, como se escreve "biscoito"?
Professor: - Meu amor, calma! Você não conhece a letra "t". Estamos no "b".

Professor: - Vamos ler nossa lição?

ba be bi bo bu
Ba Be Bi Bo Bu


boi - bebê - boi - babá

bóia - Bia - baba

O bebê baba.

A bóia é de Bia.

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Cruzadinha

Cruzadinha – Objetivos:
· Reconhecer a ortografia das palavras;
· Desenvolver a memorização;
· Perceber os sons da língua.

Reflexão sobre a atividade:
Observando a cruzadinha e refletindo sobre os objetivos apresentados, podemos notar que os mesmos contribuem para o processo de ensino-aprendizagem, de escrita e também no processo cognitivo da criança de forma lúdica e divertida, além de ser uma atividade simples, na qual a esta assimila o conteúdo sem perceber que se trata de uma didática de ensino.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tipologia e gêneros textuais

Tipologia textual
Texto descritivo:
A descrição assemelha-se ao retrato. Num retrato observa-se detalhes. Numa descrição é preciso que o autor chame a atenção para determinadas características do ser.
A descrição procura transmitir ao leito a imagem que se tem de um ser mediante a percepção dos cinco sentidos: tato, gustação, olfato, visão e audição.

Texto narrativo:

A narração é a forma de decomposição que consiste no relato de um fato real ou imaginário. É como se acabássemos de assistir a um filme e contássemos a história sem colocar a nossa opinião.
O texto narrativo compõe-se de extrapolação, enredo e desfecho, e os elementos centrais são as personagens, as ações e as idéias.

Texto Dissertativo:

A dissertação é a forma de composição que consiste na posição pessoal sobre determinado assunto.
a) Expositivo: consiste numa apresentação, explicação, sem o propósito de convencer o leitor. Não há intenção expressa de criar debate, pela constatação de posições contrárias às nossas.
b) Argumentativo: consiste numa opinião que tenha que convencer o leitor de que a razão está ao lado de quem escreveu o texto, para isso lança-se mão de um raciocínio lógico, coerente, baseado na evidencias de provas.
Fonte: Moderna gramática portuguesa de Evanildo Bechara.
Gêneros textuais
Os gêneros textuais ocorrem em diferentes situações:
· Bilhete
· Carta
· Poema
· Receita
· Bula de remédio
· Manual de instruções, etc.

É importante evidenciar que a criança no cotidiano escolar deve entrar em contato co todos esses gêneros textuais. Já que a vida na escola não pode ser uma realidade diferente da qual ele vive no mundo.
Neste contexto a criança precisa identificar esses diferentes gêneros e quando utilizá-los em diversas situações da vida, como ler uma bula de remédio ou fazer uma redação do vestibular ou quando a banca pede um determinado tipo de texto o aluno precisa saber diferenciar os tipos de textos.
A prática pedagógica pautada nesses moldes descritos no parágrafo anterior deve ser direcionada desde muito cedo na criança principalmente na classe de alfabetização que é quando o indivíduo entra no mundo da leitura e da escrita. Nesse sentido alfabetizar por meios de textos e apresentar diversas variedades textuais existentes.



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Processos iniciais da Leitura e da escrita



Este texto trata de questões de suma importância no processo de aquisição de leitura e escrita no início da alfabetização. Nesse sentido a idéia de utilizar rótulos que a criança está acostumada a vivenciar em seu cotidiano, facilita e muito o processo ensino-aprenizagem
Outra ferramenta importante para trabalhar em sala de aula são os gêneros textuais como: carta, poesia. Conto de fadas, textos jornalísticos, etc. A criança precisa entrar em contato com essa diversidade textual, para que se torne um indivíduo pensante e crítico de sua realidade.
Uma forma lúdica de trabalhar tais temas é muito importante como contar diferentes tipos de histórias logo que as crianças chegam, elas entrarão em contato com um mundo maravilhoso da leitura e escrita, e assim despertar para este prazer. Levando textos já escritos, também é uma ótima idéia, para mostrá-los o texto pronto entrando em contato com o mundo da escrita. Neste contexto provocar a escrita espontânea é muito importante para torná-los mais criativos.
Em síntese o processo de alfabetização terá que ser muito rico, no sentido de diversidade de recursos, como por exemplo, a diferentes gêneros e a ligação direta com a sua realidade. Desta forma a escola não se tornará um mundo diferente do qual a criança vive.


A imagem acima é um exemplo de atividade que podemos trabalhar com a criança no início da alfabetização,pois rótulos estão presentes na vida de qualquer criança. Só devemos tomar cuidado no rótulo que vamos utilizar, para isso temos que ter consciencia da realidade que a criança está inserida.





1ª aula de Tae de Língua Portuguesa

Uma nova proposta de avaliação, diferente de tudo que fiz durante este tempo de graduação, interessante, Quando pensava que já tivesse participado de todo o tipo de avaliação, aparece um novo "um blog".
Fizemos a dinâmica dos cartões, onde escolhemos a cor e respondemos as perguntas contidas nos cartões.
Enfim gostei muito da aula principalmente por conta da nova proposta de avalição.
bjs!!! Alessandra