quarta-feira, 22 de julho de 2009

Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação da escrita (Emília Ferreiro).

Ambiente alfabetizador

O texto evidencia os processos de construção da aquisição da leitura e da escrita, nas construções de hipóteses que servem para professores identificar em que fase a criança encontra-se. Neste contexto a cada fase da construção do conhecimento segundo Emília Ferreiro passa por um desequilíbrio, para seguir para próxima fase.
Nesse sentido é preciso entender processo pelo qual o indivíduo passa em sua fase de alfabetização. Os erros passam a ser possibilidades para o acerto, a percepção da criança no início do processo de alfabetização em relação a suas hipóteses começam muitas vezes com as letras do próprio nome e percebem que apenas uma letra não forma nenhuma palavra.

Observe as fases dos níveis de alfabetização segundo Emília Ferreiro:

Nível 1: Pré-silábico – No início a criança utiliza sua própria escrita, símbolos, pseudo-letras e insinua que estão escrevendo algo. Nesse sentido na fase pré-silábica propriamente dita a criança diferencia letra, números e desenhos, quanto às letras sabe que serve para representar algo, mas não imagina que há uma ordem para colocá-las.
A criança nesta fase atribui maior quantidade de letra pelo tamanho. Por exemplo, ao pedir que uma criança escreva a palavra “macaco” a probabilidade é que coloque muitas letras, já que macaco é grande, mas ao pedir que a mesma escreva formiga ela coloca apenas duas letras, por tratar-se de um ser minúsculo. Há outras características para este nível, a criança acha que a escrita só é representada por substantivos, por isso não escrevem artigos, não tem a percepção entre fonema e grafema.

Nível 2: Intermediário I – Esta fase trata-se de um conflito, pois a criança percebe que a forma que escreve não é a convencional, e neste contexto há uma negação da escrita o aluno diz que não sabe escrever. As características para identificar esta fase são: a busca de correspondência entre letra e som, pois já conhecem alguns valores sonoros como trecho de palavras e o som das vogais.

Nível 3: silábico – nesta fase a criança sente-se confiante, porem acredita ter descoberto uma lógica para escrita ela conta os pedaços de acordo com a quantidade de letras. A noção de sílaba pode acontecer com ou sem valor sonoro convencional, por exemplo, escrever a palavra CAMELO desta forma: AEO, ou LIXO assim LXO.
E aí a criança percebe que os adultos não conseguem entender os que escrevem com duas ou três letras e acrescentam mais letras para justificar a falta delas.

Nível 4: Silábico-alfabético – trata-se de mais um momento de transição, de uma fase para outra, a criança frustra-se ao perceber que a sua escrita não pode ser lida por um adulto. Ela começa a perceber que usa a mesma combinação para representar as palavras diferentes. Ainda que não seja a escrita convencional o professor deverá propor atividades que levem os alunos a observarem a diferença da sua escrita da convencional. Neste contexto a sonoridade das letras começa a ser percebida pela criança e passa a acrescentar outras letras as palavras.

Nível 5: Alfabético – já conhecem os valores sonoros menores do que a sílaba, a criança já é capaz de reconhecer o sistema lingüístico, conseguindo representar graficamente o seu pensamento. Sabe distinguir letra palavra e frase.
Nesse sentido a criança ainda apresenta dificuldades a serem superadas, como por exemplo, escrevem como falam, pois tem dificuldade de acordo com o ritmo frasal. Agora já compreendem a correspondência grafo fonema.
As crianças não necessariamente passam por todas as fases, elas podem pular algumas, ou ir direto para o nível alfabético. É importante que desde cedo as crianças tenham suas próprias construções, porém é através delas que desenvolvemos sua criatividade é necessário que o docente nesta fase trabalhe com atividades que a privilegiem. Neste contexto a alfabetização através de textos variados é fundamental para tematização do conhecimento. A alfabetização através de palavras soltas sem haver relação com a realidade do indivíduo torna-se difícil a tematização do conhecimento.
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2 comentários:

  1. Alessandra, as duas postagens sobre o texto de Ferreiro ficaram muito boas. Abordam de forma geral os tópicos mais importantes do texto. As relações com a prática são muito interessantes e ajudou você a pensar nos pontos de contato com a teoria estudada. Se possível, procure inserir algum material extra que trate do assunto. Ainda faltam postagens. Procure fechar até dia 26/07.
    Abs

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  2. Alessandra, parabéns! Você fechou seu portfólio! Parabéns pelos resultados alcançados!

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