terça-feira, 7 de julho de 2009

A organização da fala e da escrita e as características do texto falado

As atividades correspondem ao texto Oralidade e escrita das questões feitas em duplas. As postagens se dividirão em duas.
Atividade conversacional caracteriza-se pela interação entre os interlocutores, ou seja, exemplificado pelo cotidiano do indivíduo. Neste contexto, a língua falada é contextualizada de acordo com o grupo que o indivíduo se relaciona, como, por exemplo, uma conversa de futebol em um bar e/ou um diálogo entre colegas de trabalho discorrendo sobre assuntos profissionais. Caracteriza-se também de forma organizada onde há um processo de organização e estrutura entre os turnos. As regras são diferentes, porém, num momento de descontração os termos são outros e numa conversa mais formal é preciso utilizar conectivos para “provar” o que está sendo exemplificado naquele momento. Mesmo assim, o discurso oral torna-se diferente da língua escrita.
Segundo Shelegoff a conversação tem três elementos fundamentais: a realização, a interação e a organização. A realização, ou seja, a produção trata-se do início da comunicabilidade entre os interlocutores, a interação é a interferência do interlocutor no assunto e a organização é a forma de como é construído o discurso. A importância desses conceitos é de suma importância para a aquisição da oralidade na criança, pois as mesmas precisam iniciar uma conversa, interagir com outras pessoas e organizar seu pensamento.
O modelo organizacional em que consistem as variáveis que compõe o modelo de organização conversacional, que o autor propõe sobre conversas espontâneas valoriza as seguintes variações: tópico ou assunto, tipo de situação, papéis dos participantes, modo e meio de discurso. Segundo as autoras, tópico ou assunto é caracterizado pela manutenção das relações sociais só será possível se a escolha dos tópicos de assuntos for espontâneas, ou seja, for gosto dos interlocutores.. A situação é quando a comunicabilidade é influenciada pelas atividades não verbais. Em outras palavras, a atmosfera dá sinais de postura disposição do interlocutor. Em última instância, a comunicabilidade nas relações sociais é em uma medida significativa circunstancial. Os papéis dos participantes podem desempenhar em diferentes situações, ativos quando é condutor do diálogo, passivo alvo e/ou objeto do discurso e mediador, quando intervém tanto no pólo ativo e passivo no diálogo. O modo existe para um modelo específico, isto é, um propósito tendo, ou não, um grau de formalidade. Em relação ao meio, é correspondente aos diferentes graus de comunicação: telefone, internet e outros.

Cada uma das características do texto falado, segundo a proposta de Dittman (1979).
a) Interação entre pelo menos dois falantes: Pode ser caracterizada por uma conversa formal, exemplificada no texto por um diálogo entre médico e paciente. O interesse entre o médico e o paciente é identificar e curar a doença, sendo assim, não há identificação da doença, nem a prescrição farmacológica sem a participação do suposto doente.
b) Ocorrência de pelo menos uma troca de falantes: significa a troca do interlocutor, ou seja há substituição em uma dos falantes. Ou em uma conversa por telefone sobre a reclamação de um serviço prestado ao indivíduo.
c) Presença de uma seqüência de ações coordenadas: É caracterizada por uma seqüência de instrução para operar um determinado aparelho. Quando um interlocutor dá instruções de como funciona este aparelho, é dado uma seqüência de ações coordenadas de explicações ao interlocutor.
d) Execução num determinado tempo: Um trabalho apresentado em que um professor delimita o tempo em que o aluno deve dissertar sobre determinado assunto. O interlocutor dispõe de um tempo para executar suas ações.
e) Envolvimento numa interação centrada: Pode ser caracterizada por uma palestra onde precisa de uma concentração e utiliza-se um discurso formal. Uma ação assistemática, o interlocutor é o mediador do diálogo, onde o vocabulário precisa ser diferenciado por conta da ocasião.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Entrevista com um professor alfabetizador

1) Quanto tempo de experiência na área?
R: 12anos

2) Quantos alunos você tem?
R: 35alunos
3) Qual a metodologia utilizada?
R: Construtivismo Sócio-interacionismo.

4) Você utiliza diferentes gêneros textuais?
R: Sim

5) Como é seu cotidiano escolar?
R: Todos os dias começamos as aulas com música, parlendas e histórias.

6) Você conta histórias para seus alunos?
R: Todos os dias

7) Qual é método de avaliação utilizado?
R: Avaliação contínua gradativa

8) Quanto a utilização de jogos na sala de aula? Quais?
R: Forca, caça-palavras, dominó de palavras e jogo da memória.

9) Como é trabalhada a oralidade dos alunos?
R: Conversa em rodas e recontar as histórias.

10) Como são as atividades de escrita na sala de aula?
R: Trabalhamos recitas parlendas música, adivinhação e textos pequenos.


A entrevista acima foi feita com uma professora do 1º ano do Ensino Fundamental, antigo C.A. A educadora trata seu trabalho com muita seriedade e muito amor a profissão, sua prática é baseada na construção do pensamento da criança segundo as fases de alfabetização de Emília Ferreiro. As construções de seus alunos são de suma importância, pois a mesma determina a fase que a criança se encontra para seja feito um trabalho de qualidade e avançar no desenvolvimento da criança.
Quando questionada sobre o trabalho com oralidade das crianças, falou sobre a importância das histórias, segundo ela são ótimas, pois a educadora trabalha com a recontagem das histórias. Neste contexto a professora contou que as histórias ajudam no trabalho com as regionalidades e quando os personagens têm sotaques é porque moram em outras regiões do país.
A educadora tem uma prática muito rica no ponto de vista da construção do conhecimento, usando os diferentes gêneros textuais na realização de recitas em sala de aula, que adoram e construíram junto um caderno de recitas que fizeram durante um projeto. Os jogos é um de seus métodos mais utilizado em sala de aula, porque neles são trabalhadas as dificuldades ortográficas, além de trabalhar o lado lúdico da criança.

domingo, 28 de junho de 2009

Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: Perspectiva sociolingüística


O texto discorre sobre o processo de aquisição da leitura e da escrita em diferentes contextos. Nas diferentes nacionalidades evidenciando o processo de imigração e em diferentes contextos culturais que o autor trata como sociedade letrada e uma sociedade com o processo de letramento diferente dos padrões.
Neste contexto trazendo essa discussão para o Brasil podemos traduzir para nossa realidade, pois se trata de um país de grandes extensões com uma enorme desigualdade social. Nesse sentido por haver uma grande extensão territorial temos uma diversidade regional imensa na qual existe uma variedade lingüística, quanto a desigualdade social o autor fala que quando uma criança que vem de uma sociedade letrada ela vem com uma “bagagem” e quando o indivíduo é oriundo de uma família com outras práticas de letramento chegam a escola com uma certa dificuldade.
As regionalidades provocam uma diversidade lingüística muito grande, a ponto de certas frutas ou objetos serem nomeados de formas totalmente diferentes. Em suma o processo de alfabetização do indivíduo precisa ter uma relação com a sua realidade até por uma questão de respeito a sua identidade cultural. Mas isso não significa que temos que nos restringir a esse contexto, precisamos mostrar a diversidade que existe em nossa sociedade, para que os mesmos possam mudar sua realidade social.
A aquisição da leitura e da escrita do indivíduo implica em várias questões como, por exemplo, marcas da oralidade na qual esbarramos nos vícios de linguagem que herdamos de nossa família. Cabe a escola proporcionar atividades que trabalhem estas questões. Como uma peça teatral abordando dificuldades que a turma apresenta. Trabalhar com jogos no cotidiano escolar é uma idéia muito interessante porque além de proporcionar a aprendizagem às crianças fazem a atividade com prazer vivenciando um momento lúdico.
Neste contexto é preciso construir um currículo que não privilegie conhecimentos, tratando o aluno oriundo da classe popular como ser vazio que precisa ser preenchido conhecimento, mas um currículo que respeite a identidade cultural do indivíduo e que trabalhe o conhecimento criticamente com os alunos.


terça-feira, 16 de junho de 2009

Reflexão sobre o texto "Contexto de Alfabetização na aula"

O texto discorre sobre a alfabetização e em que contexto a aquisição da linguagem e da escrita pode acontecer. Sendo assim, na alfabetização, em uma perspectiva tradicional, segundo Paulo Freire, a criança, em sua prática, tem a cabeça vazia e o professor, então, deposita o conhecimento nela. São palavras fora de contexto e os textos quase sempre não tem relação nenhuma com a realidade em que o indivíduo está inserido.

Essa visão, descrita no parágrafo anterior, faz com que o indivíduo não tenha uma visão crítica do mundo, e o conhecimento escolar fica distante da realidade do aluno. Neste sentido, alfabetizar o aluno não se limita em apenas codificar os signos alfabéticos, mas reconhecer a diversidade de gêneros textuais que está inserida em nossa vida e saber interpretá-los, como uma bula de remédio, uma carta, um poema, etc.

Em suma, se estamos falando da diversidade de gêneros textuais, por que dizer que as crianças que já vivem em uma realidade familiar que favorece a leitura e a escrita terão mais sucesso no processo de alfabetização? É uma visão muito excludente do mundo. Porém, vivemos em um mundo letrado, onde tudo é escrito independentemente da classe social. Um simples encarte de jornal pode ser trabalhado de diversas maneiras. Portanto, é preciso que na sala de aula seja apresentada ao aluno esta diversidade.

Através da contação de histórias, o professor pode ser o "escriba", ou seja, a criança dita e o adulto escreve.

DIÁLOGO ENTRE UM ALUNO E O PROFESSOR:

Aluno: - Tia, como se escreve "biscoito"?
Professor: - Meu amor, calma! Você não conhece a letra "t". Estamos no "b".

Professor: - Vamos ler nossa lição?

ba be bi bo bu
Ba Be Bi Bo Bu


boi - bebê - boi - babá

bóia - Bia - baba

O bebê baba.

A bóia é de Bia.

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Cruzadinha

Cruzadinha – Objetivos:
· Reconhecer a ortografia das palavras;
· Desenvolver a memorização;
· Perceber os sons da língua.

Reflexão sobre a atividade:
Observando a cruzadinha e refletindo sobre os objetivos apresentados, podemos notar que os mesmos contribuem para o processo de ensino-aprendizagem, de escrita e também no processo cognitivo da criança de forma lúdica e divertida, além de ser uma atividade simples, na qual a esta assimila o conteúdo sem perceber que se trata de uma didática de ensino.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tipologia e gêneros textuais

Tipologia textual
Texto descritivo:
A descrição assemelha-se ao retrato. Num retrato observa-se detalhes. Numa descrição é preciso que o autor chame a atenção para determinadas características do ser.
A descrição procura transmitir ao leito a imagem que se tem de um ser mediante a percepção dos cinco sentidos: tato, gustação, olfato, visão e audição.

Texto narrativo:

A narração é a forma de decomposição que consiste no relato de um fato real ou imaginário. É como se acabássemos de assistir a um filme e contássemos a história sem colocar a nossa opinião.
O texto narrativo compõe-se de extrapolação, enredo e desfecho, e os elementos centrais são as personagens, as ações e as idéias.

Texto Dissertativo:

A dissertação é a forma de composição que consiste na posição pessoal sobre determinado assunto.
a) Expositivo: consiste numa apresentação, explicação, sem o propósito de convencer o leitor. Não há intenção expressa de criar debate, pela constatação de posições contrárias às nossas.
b) Argumentativo: consiste numa opinião que tenha que convencer o leitor de que a razão está ao lado de quem escreveu o texto, para isso lança-se mão de um raciocínio lógico, coerente, baseado na evidencias de provas.
Fonte: Moderna gramática portuguesa de Evanildo Bechara.
Gêneros textuais
Os gêneros textuais ocorrem em diferentes situações:
· Bilhete
· Carta
· Poema
· Receita
· Bula de remédio
· Manual de instruções, etc.

É importante evidenciar que a criança no cotidiano escolar deve entrar em contato co todos esses gêneros textuais. Já que a vida na escola não pode ser uma realidade diferente da qual ele vive no mundo.
Neste contexto a criança precisa identificar esses diferentes gêneros e quando utilizá-los em diversas situações da vida, como ler uma bula de remédio ou fazer uma redação do vestibular ou quando a banca pede um determinado tipo de texto o aluno precisa saber diferenciar os tipos de textos.
A prática pedagógica pautada nesses moldes descritos no parágrafo anterior deve ser direcionada desde muito cedo na criança principalmente na classe de alfabetização que é quando o indivíduo entra no mundo da leitura e da escrita. Nesse sentido alfabetizar por meios de textos e apresentar diversas variedades textuais existentes.